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A cultura da Argentina Ã© diversa, graças ao caráter pluricultural do país, consequência da variedade geográfica e à combinação das muitas identidades Ã©tnicas â€” principalmente a europeia â€” que compõem sua população.

 

A cultura argentina tem como origem a mescla de outras que se encontraram durante o período das imigrações. Quanto às ideologias, destacam-se o pensamento e a linguagem social-democrata, bem como a fé na liberdade, na democracia e no respeito aos direitos humanos.

 

Há no país uma grande diversidade de atividades culturais e artísticas de renome internacional, teatro, pintura, escultura, música e literatura. As cidades mais importantes, notadamente Buenos Aires, são palco diário de conferências, concertos, exposições, museus, cursos, peças de teatro e balé. Os cinemas são abundantes nas grandes cidades.

 

A música popular â€” como o tango â€”, a música folclórica e até o rock são interpretados e dançados em locais de ampla afluência pública.

 

A cozinha argentina oferece ao visitante a possibilidade de saborear pratos típicos tendo como ingrediente principal a carne que goza de uma sólida reputação em todo mundo por sua qualidade. Os restaurantes típicos, chamados parrillas, oferecem as mais diversas probalidades de provar a típica carne assada, além de oferecer ao visitante pratos variados, assim como os pratos clássicos do resto do país.

Tango

 

O tango Ã© um tipo musical e uma dança a par. Tem forma musical binária e compasso de dois por quatro.

 

A coreografia Ã© complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados. Segundo Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar".

 

Sua origem encontra-se na área de Rio da Prata, na América do Sul, nas cidades de Buenos Aires e Montevidéu.

 

A música do tango não tem uma origem muito clara. De acordo com estudos que não dispõem de numerosa documentação, o tango descenderia da habanera e se interpretava nos prostíbulos de Buenos Aires e Montevidéu, nas duas últimas décadas do século XIX, com violino, flauta e violão.

 

Nessa época inicial, era dançado por dois homens, daí o fato dos rosto virados, sem se fitar. Depois, já nos anos 1910, como o sucesso em Paris, foi aceito pela aristocracia platina.

 

O escritor argentino Jorge Luis Borges afirmou que, por suas características, o tango só poderia ter nascido em Montevidéu ou Buenos Aires. O bandoneón, que atualmente caracteriza o tango, chegou à região do Rio da Prata por volta do ano 1900, nas maletas de imigrantes alemães.

Não existem muitas partituras da época, pois os músicos de tango não sabiam escrever a música e, provavelmente, interpretavam sobre a base de melodias já existentes, tanto de habaneras como de polcas.

 

O tango mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste. Como dança, é "duro", masculino, sem meneios femininos, a mulher é sempre submissa.

 

O ritmo é sincopado, tem um compasso binário. A síncope é de uma nota tocada no tempo fraco que se prolonga até um tempo forte, o que movimenta a música e desloca a acentuação do ritmo.

Pintura

 

Dentre os pintores argentinos, destaca-se o pintor mais famoso da Argentina no séc. XX, Prilidiano Pueyrredón, um dos primeiros pintores proeminentes do país, ficou conhecido pela sua sensibilidade costumbrista e preferência pelos temas do cotidiano.

 

Os anos 50 e 60 foram o período mais prolífico de Pueyrredón como pintor. 233 trabalhos sobrevivem até os dias atuais, dos quais mais da metade foram encomendas. Por aquele tempo, tornou-se um dos primeiros pintores a explorar a figura do gaúcho, que ele retratou em um estilo romântico descoberto enquanto vivia na Europa. Vários de seus trabalhos mais famosos mostram a vida na natureza dos pampas e margens do Rio da Prata: Un alto en el campo (1861), Capataz y peón de campo (1864),Lavanderas del Bajo Belgrano (1865) e Recorriendo la estancia (1865).

Entre os pintores argentinos contemporâneos estão:

 

Emilio Pettoruti (1892-1971), pintor argentino, que causou um escândalo com a sua vanguardista exposição cubista em 1924 em Buenos Aires. A carreira de Pettoruti foi próspera durante os anos 1920, quando "a Argentina assistiu a uma década de atividade artística dinâmica, foi uma época de euforia, uma época em que a definição da modernidade foi desenvolvida."

 

Enquanto Pettoruti foi influenciado pelo cubismo, futurismo, construtivismo, e abstração, não limitou-se a pintar em qualquer um desses estilos em particular.

 

Expondo seu trabalho em toda a Europa e Argentina, Emilio Pettoruti é lembrado como um dos artistas mais influentes do país no século 20 por seu estilo único e visão.

 

Raquel Forner (Buenos Aires, 1902 - Buenos Aires, 1988), pintora, escultorae professora de arte. Pertencente ao movimento "Grupo Florida" ganhou muitos prêmios, incluindo a Medalha de Ouro na Exposição Internacional de Paris, em 1937. No curso de sua vida artística evolui do naturalismo a um expressionismo muito pessoal.

 

Benito Martín, (01 de março de 1890 - 28 de janeiro de 1977) foi um pintor nascido em La Boca, em Buenos Aires. Quintela Martin é considerado um pintor de portos por excelência e um dos pintores argentinos mais populares. Suas pinturas de cenas portuárias mostram a atividade, vigor e aspereza da vida diária no porto de La Boca.

Literatura

 

A literatura argentina é uma das mais prolíficas, relevantes e influentes da América Latina, com escritores de renome como:

 

Jorge Luis Borges, cujas obras abrangem o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Os seus livros mais 

famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, 

escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. 

 

Os seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira 

de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas do seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.

 

Victoria Ocampo, que escreveu vários ensaios, entre eles os dedicados a Emily Brontë, Lawrence da Arábia e Virginia Woolf, incontáveis artigos, uma longa série de "Testimonios" (dez volumes no total, que foram publicados entre 1935 e 1977) e uma autobiografia, publicada em seis volumes logo depois de sua morte.

 

Essas duas últimas obras são consideradas valiosos documentos históricos sobre a cultura e as relações da intelectualidade argentina com a literatura européia e, ocasionalmente, estadunidense.

 

Julio Cortázar, considerado um dos autores mais inovadores e originais de seu tempo, mestre do conto curto e da prosa poética, comparável a Jorge Luis Borges e Edgar Allan Poe. Foi o criador de novelas que inauguraram uma nova forma de fazer literatura na América Latina, rompendo os moldes clássicos mediante narrações que escapam da linearidade temporal e onde os personagens adquirem autonomia e profundidade psicológica inéditas.

 

Seu livro mais conhecido é Rayuela (O Jogo da Amarelinha), de 1963, que permite várias leituras orientadas pelo próprio autor.

Cortázar inspirou um grande número de cineastas, entre eles o italiano Michelangelo Antonioni, cujo longa-metragem Blow-up foi baseado no conto As Babas do Diabo (do livro As Armas Secretas).

 

José Hernández, que em 1872 publicou a primeira parte de sua obra-prima, "O Gaúcho Martin Fierro". A continuação do trabalho, "O Retorno de Martin Fierro" (1879), em conjunto, formam um épico popular. É geralmente considerada a obra-prima da literatura Argentina

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