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A cultura do México reflete a complexidade da história do país, resultante da fusão gradativa dos que começou na era dos poucos laços culturais pré-colombianos e espanhóis.

 

Este intercambio cultural foi construído durante os três séculos de colonização espanhola, deixando profundas marcas na religiosidade e demais expressões culturais.

 

Após o rompimento político no início do século XIX, os mexicanos receberam influência cultural também da África e Ásia (em menor proporção) e, especialmente, dos Estados Unidos (devido à proximidade territorial).

Música

 

As raízes musicais do México estão firmadas na herança cultural deixadas pelos povos pré-hispânicos. A música tradicional do país, por excelência, é o chamado son ("som", em português), cuja origem está no interior rural do país.

 

A canção ranchera, ao lado do chamado son e da música mariachi, acabou por formar a música tradicional mexicana.

 

Apesar do cinema, após sua expansão na década de 1930, veicular a música mariachi como símbolo nacional do México, esta mantém sua popularidade em alta tão somente no estado de Jalisco.

 

Foi influenciada por uma variedade de culturas, principalmente a indígena mexicana e a cultura europeia, desde a Idade Média. Muitas músicas tradicionais do México são bastante conhecidas em todo o mundo, embora muitos admiradores destas canções desconheçam seu país de origem, entre elas destaca-se "Bésame Mucho", "La Bamba", "Solamente una Vez", "La Bikina", "Cielito Lindo", "Somos Novios", "El Rey", "María Bonita", "México Lindo y Querido". "La Cucaracha", embora popularizada durante a Revolução Mexicana, é uma antiga canção folclórica espanhola.

 

Na definição literal do termo música ranchera são canções cantadas em um rancho ou fazenda mexicana, originada em meados do século XIX. A música ranchera se preocupa com temas tradicionais do patriotismo, amor e natureza.

 

Sua forma é padronizada com uma introdução instrumental e conclusão, as letras são bastante simples, com as últimas notas dos versos, linhas e estrofes se repetindo ao longo da canção. Este gênero musical é marcado por canções muito poderosas para expressar o sentimentalismo associado ao amor de uma pessoa por seu país.

 

O estilo musical Mariachi originou-se no estado de Jalisco, particularmente na cidade de Cocula, perto de Guadalajara, bem como nos estados vizinhos do oeste do México. A música Mariachi é bastante popular em todo o México e no sudoeste dos Estados Unidos, e é considerado representante da música e cultura mexicana.

 

Este estilo de música é tocada por um grupo composto por cinco ou mais músicos que usam vestimenta típicas de zonas rurais daquele país.

 

Existem diferentes teorias quanto à proveniência da palavra "mariachi". Alguns dizem que vem da palavra francesa mariage porque era o tipo de música tocada emcasamentos, outros refutam essa teoria (aparentemente, a palavra estava em uso no México antes da chegada dos franceses).

 

Acredita-se também que a palavra pode ser originária de uma língua nativa, Coca; nesta língua "mariachi" é o nome do tipo de madeira usada para fazer a plataforma na qual os músicos se apresentam.

 

A bandas Mariachi mais tradicionais faziam uso de, pelo menos, dois violinos, um violão, um guitarrón (guitarra grande) e uma vihuela (similar a uma guitarra, mas com uma volta redonda que soa em um tom mais alto do que a guitarra tradicional). Hoje em dia as bandas Mariachi também costumam incluir trombetas, e às vezes uma harpa.

Literatura

 

No período pré-colombiano, o escritor mexicano mais conhecido foi o rei-poeta Nezahualcóyotl.

 

Durante o período colonial duas figuras sobressairão: Soror Juana Inés de la Cruz (1651–1695), uma freira que escreveu muitos poemas e ganhou fama pela sua defesa dos direitos das mulheres, e o dramaturgo Juan Ruiz de Alarcón.

 

O modernismo de língua castelhana é introduzido por José Juan Tablada, precursor de vanguardas que só irão surgir no início do século XX, com o Estridentismo.

 

Durante a Revolução Mexicana o mais famoso escritor foi Sidalino Del monte.

 

Na década de 1950, Juan Rulfo produziu um romance que pode ser comparado às grandes obras da literatura universal, chamado Pedro Páramo.

 

Nas últimas décadas vários escritores mexicanos têm ganhado popularidade no México e fora do país. Entre eles, Octavio Paz,Salvador Elizondo e Carlos Fuentes.

 

No Norte do México tem crescido uma literatura própria, sobre os conflitos na fronteira com os Estados Unidos e a delinqüência. Luis Humberto Crosthwaite é um destes escritores.

Artes Plásticas

 

As artes plásticas do México contam com a enorme riqueza herdada das antigas civilizações indígenas. Apesar da destruição sistemática do seu patrimônio artístico,monumentos e símbolos pré-colombianos efetuados nos tempos da colônia, os sítiosarqueológicos pesquisados e por pesquisar são muitos e de grande interesse.

 

A atividade arquitetônica, sobretudo de edifícios religiosos,foi intensa a partir da conquista do território pelos espanhóis. A arte colonial é fruto não só do traslado dasformas plásticaseuropéias para outro continente, mas também de sua adaptação à mentalidade e às tradições profundas de suas terras de adoção.

 

O barroco mexicano do século XVIII, muito bem caracterizado, levou ao extremo a decoração deslumbrante de fachadas e interiores. Escultura, pintura e ourivesariaforam postas a serviço dessa arte que tanto se arraigou em terras mexicanas.

 

Destacam-se os pintores Diego Rivera, Frida Kahlo, Rufino Tamayo,  José Clemente Orozco, David Alfaro Siqueiros e José Luís Cuevas, entre outros.

Gastronomia

 

A gastronomia mexicana, em termos de variedade de sabores e texturas, é uma das mais ricas do mundo, embora seja por vezes caracterizada por algumas pessoas como gordurosa e condimentada. É uma culinária rica em proteínas, vitaminas e minerais.

 

Muita da culinária mexicana atual tem origem em várias misturas de tradições, ingredientes e criatividade. A maior parte tem base nativa americana, com misturas indígenas e um toque espanhol. Por exemplo, a famosa quesadilla é uma tortilla com base em milho e queijo e com carne de vaca, galinha e/ou porco. A parte indígena disto e de muitos outros pratos tradicionais é o chili, ou seja as pimentas epimentões.

 

A culinária mexicana é fortemente influenciada pelas culturas indígena e europeia. Dentre os pratos mais populares estão: Taco, Enchilada,Tamal e Pozole. Os ingredientes mais tradicionais são milho, feijão, tomate, abacate, cacau e a extensa variedade de pimenta.

 

Como bebidas, destacam-se o mezcal e a tequila, ambos exportados para várias regiões do mundo. A cerveja o vinho mexicanos também são de grande apreço pelo mercado interno e externo.

 

A tradição culinária relativa ao Dia dos Mortos no México (outra inscrição da Unesco no Património Cultural Intangível da Humanidade) também foi tomada em linha de conta na decisão da Unesco de considerar a culinária do México como Património da Humanidade.

México Pré-Colombiano

 

Astecas

 

Antes da chegada dos europeus ao país, várias civilizações se encontravam em solo mexicano. Dentre elas destacam-se os Astecas e os Maias.

 

Os Astecas foram um povo que habitou o centro-sul do México atual. Provinham de Aztlan. Sua mitologia era rica em deuses e criaturas sobrenaturais. Assim como os romanos, os astecas incorporavam à sua religião divindades dos povos que conquistavam. O povo asteca era politeísta e algumas divindades eram elementos naturais como a água, a terra, o fogo, o vento e a lua. 

 

Os astecas faziam esculturas de diversos tamanhos sobre, principalmente, temas religiosos ou aspectos da natureza. Os artistas astecas captavam a essência do que queriam retratar e faziam as obras com grande riqueza de detalhes.

 

Vale destacar que o tamanho da escultura estava relacionado com a importância do que era retratado. Deuses, sacerdotes e reis, por exemplo, eram temas de grandes esculturas. Enquanto as pequenas retratavam animais e objetos comuns do cotidiano.

 

Os escultores astecas usavam pedras e madeiras para fazer suas esculturas. Elas costumavam ser pintadas com tintas que obtinham na natureza. Usavam também a técnica de incrustação de pedras preciosas nas esculturas.

Maias

 

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, notável por sua língua escrita (único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar completamente o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito no velho mundo), pela sua arte, arquitetura, matemática e sistemas astronômicos.

 

Inicialmente estabelecidas durante o período pré-clássico (1000 a.C. a 250 d.C.), muitas cidades maias atingiram o seu mais elevado estado de desenvolvimento durante o período clássico (250 d.C. a 900 d.C.), continuando a se desenvolver durante todo o período pós-clássico, até a chegada dos espanhóis. No seu auge, era uma das mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas sociedades do mundo.

 

A arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como maias são as fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante.

 

Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal.

 

Muitos consideram a arte maia da Era Clássica (200 a 900 d.C.) como a mais sofisticada e bela do Novo Mundo antigo. Os entalhes e relevos em estuque de Palenque e a estatuária de Copán são especialmente refinados, mostrando uma graça e observação precisa da forma humana, que recordaram aos primeiros arqueólogos da civilização do Velho Mundo, daí o nome dado à era.

 

Somente existem fragmentos da pintura avançada dos maias clássicos, a maioria sobrevivente em artefatos funerários e outras cerâmicas. Também existe uma construção em Bonampak que tem murais antigos e que, afortunadamente, sobreviveram a um acidente desconhecido até hoje.

 

Com as decifrações da escrita maia se descobriu que essa civilização foi uma das poucas nas quais os artistas escreviam seu nome em seus trabalhos.

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