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Coluna do Autor

 

Doutrinação Ideológica no Brasil II

 

Análise de livro didático

 

J. Frederic

 

Doutrinação Ideológica no Brasil II

 

Análise do livro didático Sociologia – Ensino Médio.

 

Definitivamente este é um livro marxista. Do começo ao fim o conteúdo é dirigido de forma tendenciosa.

 

É um volume único, ou seja, durante todo o ensino médio milhares de alunos serão guiados e doutrinados pelas concepções sociológicas provenientes do marxismo.

Veja em alta resolução a reprodução de trechos do livro neste slide show:

 

Os dois primeiros capítulos têm títulos genéricos.

 

Cap. 1 – Viver na sociedade contemporânea: A sociologia se faz presente.

 

Começa abordando a desigualdade social e as classes sociais. Dá-se razão a Marx e divide-se a sociedade inteira em burguesia e proletariado.

 

Como era de se esperar e a exemplo do livro analisado [neste link] os textos procuram culpar o capitalismo pela desigualdade social. Como sempre faz-se a distinção entre as classes em burguesia opressora e proletariado explorado.

 

O livro explica o conceito de “elites” através do ponto de vista marxista e adotam o termo “elites dominantes” para se referir a um grupo “opressor”.

 

Em resumo, o primeiro capitulo introduz o leitor ao marxismo.

 

Cap. 2 – Sociologia: Uma ciência da modernidade.

 

Este capitulo aprofunda as explanações da teoria marxista.

 

Utiliza os autores supostamente “clássicos” (Weber, Durkheim, Marx) convergindo suas teorias para o marxismo.

 

Há uma crítica negativa e sistemática ao positivismo; argumenta-se que o positivismo é a teoria das “elites opressoras”.

 

Os textos que citam a teoria da coerção social tratam-na como uma forma de opressão por parte do estado. A seguir há uma seção chamada “Pausa para refletir”, onde o leitor encontra um texto de Karl Marx e um comentário dando-lhe razão.

 

Depois disso a teoria da acumulação de Marx é explicada e defendida. Nas próximas páginas é a vez da Escola de Frankfurt e Antonio Gramsci serem apresentados. Por fim, é proposto um trabalho em grupo:

“Em equipe, escolham um dos autores clássicos da Sociologia, Durkheim, Weber ou Marx, e apresentem a concepção do autor escolhido acerca do seu método de apreensão da realidade social.”

 

Assim, os alunos que escolherem Marx inevitavelmente se tornarão adeptos à suas teorias e a doutrinação ideológica ocorre com sucesso.

 

Cap. 3 – A família no mundo de hoje

 

Este capítulo apresenta diversas configurações de família, até aí tudo bem. Concordo que casais homoafetivos tenham o direito de constituir matrimônio. Só acho que partindo do pressuposto da liberdade individual de escolha, a poligamia deveria ser aceita como forma legítima de família.

Entretanto, no livro a família tradicional é camuflada sob o rótulo de “família patriarcal” e criticada de forma massiva. Assim, verifica-se que a agenda da esquerda política é favorecida.

Cap. 4 – Trabalho e mudanças sociais

 

Este capitulo traz Marx e suas ideias ultrapassadas à tona novamente, pondo em posições opostas, proletário e burguês; Demoniza os empresários, taxando-os de exploradores.

 

Não há muito que falar aqui, se você leu a análise anterior. É só mais do mesmo: pau no capitalismo e razão para Marx. Passemos ao próximo capítulo.

Cap. 5 – A cultura e suas transformações

 

Este é o capitulo menos parcial até aqui. Mesmo assim ainda há o ponto de vista marxista guiando algumas abordagens. No fim do capítulo há uma tentativa de justificar o funk carioca como cultura legítima, o que convenhamos, é no mínimo, estúpido.

 

Diz-se que os bailes funk são uma forma de resistência à cultura dominante. Isso é muito equivocado porque o funk brasileiro não é cultura, e sim, a ausência de cultura proveniente da ignorância cultural e artística da população.

Percebe-se aqui a estratégia gramsciana de inversão dos valores culturais.

Cap. 6 – Sociedade e religião

 

Este capítulo apresenta as diferentes abordagens de religião sob o ponto de vista dos autores ditos “clássicos”.

É claro, não poderia faltar o ponto de vista marxista que acusa a religião de alienante. São apresentados também o panorama de Comte, Durkheim e Weber. Curiosamente o ponto de vista da própria religião monoteísta é ignorado. Ou seja, falam os ateus e agnósticos e calam-se os religiosos. Isso é tendencioso, mal-intencionado.

 

 

Cap. 7 – Cidadania, politica e estado

 

Na página 184 deste livro há um texto chamado “Cidadania: entre o bem e o privado” que critica a propriedade privada, isso mesmo, defende descaradamente o comunismo.

 

Leia este trecho:

 

“A esfera pública e a esfera privada nasceram de uma transformação histórica da propriedade. Na passagem da era feudal para a moderna, os reis e seus súditos assumiram publicamente suas condições de proprietários, exigindo proteção para seus bens e propriedades. Com isso, a riqueza se transformou em capital, ou seja, passou a ser um proveito para o indivíduo. Sociologicamente, isso causou uma contradição, pois a riqueza que deveria ser comum (e, portanto protegida por todos) se destinava à vida privada. Na modernidade, essa contradição entre as esferas pública e privada se agravou”.

 

Na página 187 o texto “Concepções de Estado e sociedade civil na Idade Moderna” o pensamento de John Locke que considera a propriedade privada um direito natural é criticado, para os autores do livro, é um pensamento que visa favorecer a burguesia. Já o pensamento de Rousseau, de que a propriedade seria uma degeneração do estado natural é visto como um “meio de transformação da sociedade”.

 

Nas páginas seguintes, são apresentadas duas concepções de estado, a de Friedrich Engels, que vê o estado como meio pelo qual as elites reproduzem sua dominação e a do grego Nicos Poulantzas, que vê o estado como um aparelho repressor comandado pelas elites dominantes.

Nesse ponto há um tendencionismo descarado e maligno, apenas as concepções marxistas são levadas em consideração.

Para complementar a doutrinação há uma imagem que visa transplantar para o leitor a visão de que as instituições estatais são nada mais do que aparelhos opressores.

 

Em suma, o estado é opressor e está a serviço da burguesia para a reprodução do sistema capitalista.

Cap. 8 – Movimentos sociais

 

Como têm se chamado os movimentos pró-socialismo no Brasil? Movimentos sociais, certo? Aqui há uma apologia dissimulada aos movimentos favoráveis ao governo petista e ao comunismo, inspiradas na luta de classes do marxismo.

Há a defesa das agendas esquerdistas e anti-capitalistas. É só verificar o fiasco que é este livro nas páginas que reproduzo aqui.

Cap. 9 – Educação, escola e transformação social

 

Aqui há uma condenação da cultura legítima, é isso mesmo. Além de desvalorizar a cultura, há uma tentativa de depreciação de seus valores. Para os autores do livro, a cultura legítima favorece as elites e marginaliza os oprimidos das classes mais baixas.

 

Este é o método gramsciano de inversão dos valores culturais que está em prática no Brasil, atualmente.

 

Leia este texto e a legenda da imagem:

Cap. 10 – Juventude: Uma invenção da sociedade

 

Aqui diz que os jovens devem se empenhar na transformação da sociedade. Em outros termos, se opor ao capitalismo injusto e maléfico e apoiar o socialismo. Novamente textos tendenciosos. Mas não pára por aí. Como você pode atestar na imagem abaixo, há uma demonização dos reacionários, aqueles que se opõem ao comunismo como substituto para o capitalismo. Estes são associados aos movimentos nazi-fascistas.

 

Você pode ler mais a respeito da falácia promovida pela esquerda de que os nazis eram de direita [neste link].

Cap. 11 – O ambiente como questão global

 

Neste capítulo os textos procuram culpar o capitalismo pelo aquecimento global. “A culpa pela destruição da natureza é dos capitalistas maquiavélicos”. Para os autores a produção de bens é exclusiva do capitalismo. Ignoram a forma como estes mesmos bens são produzidos no comunismo. Ou não há automóveis no sistema comunista?

 

Mais uma vez há apologias ao socialismo e depreciações ao capitalismo.

Conclusão

 

O que há para concluir? Está tudo tão óbvio! Este livro, distribuído a milhares de usuários do  ensino público brasileiro destina-se a impregnar nos jovens as ideias marxistas através de métodos extremamente sórdidos. Repito aqui o que disse na análise anterior: é urgente que a extrema-esquerda seja afastada do poder em nosso país. Só o que este governo promove é a desordem e o retrocesso.

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